Para quem viveu em Coimbra e estudou no Liceu Infanta Dona Maria, é com um misto de sentimentos que olho para aquela entrada, que tão bem conheci. Muitas das minhas memórias já não têm ali lugar...
Muitas horinhas eu gastei sentado no muro da piscina municipal, pois no meu tempo não era permitido chegar mais perto, a olhar para essa porta, na hora da saída! O fascismo tinha destas coisas que hoje os jovens nem imaginam!!!
Estudei no Dona Maria e era com prazer que me deslocava até à Brotero atravessando aquela imensa praça que com meia dúzia de tostões (um punhado de árvores e alguns espaços verdes) se poderia ser transformada num espaço nobríssimo, uma vez possuir, já, um enquadramento invejável!!!. Decidiram, ao invés, urbanizá-la! Uma das maiores praças (perfeitamente consolidada!) existentes dentro de uma cidade portuguesa!!!! Façam o mesmo ao Terreiro do Paço!!!! Os nuestro hermanos devem ser ignorantes uma vez possuirem em todas as suas cidades uma "Plaza Maior", que para nada servem!!!! Decididamente, o futebol/trunfo eleitoral dos políticos e o provincianismo/desonestidade dos autarcas está a destruir este país!
Romicas, Também eu frequentei o D.Maria...e hoje, como não senti a evolução(?) da cidade, quando chego a este lugar....nem acredito q atravessei todos os dias aquela praça enorme..vazia...com 4 ou 5 carros dos profs estacionados. A sério! Não sei onde estou!!! Seguramente este lugar não é o mesmo!Ponho-me a olhar para todos os lados, numa tentativa ansiosa de rever sítios e pormenores, que me escaparam e pairam agora perdidos, na memória...apenas! Sinto ainda todos os momentos que ali vivi, os cheiros, as imagens...os nomes dos colegas, as roupas...os tiques, as manias e os jeitos de cada professor...Lembro-me de passar toda a época dos Santos populares a estudar para a oral a Português, que tive que fazer no 7º ano (último ano em que ouve 7ºano, passou a ser 11ºano)e que do júri que estava a fazer-me esse exame constava a minha própria professora que, estava vaidosíssima com a minha prestação e realmente consegui a nota mais alta desse ano nas orais de Português...Apenas me demorei aí dois anos; o 6º e o 7º mas.... sei de cor todas as memórias!!! Saúdo a todos aqueles que, como eu, por ali passaram e....gostaram!
Andava eu à procura, no google, de uma fotografia do Liceu Infanta Dona Maria, quando me deparei com este blog. Fiquei feliz porque encontrei alquem que, como eu, também frequentou aquela escola. Eu criei no Facebook um grupo de antigas alunas para podermos encontrar pessoas que já não vimos há muito tempo e podermos trocar as nossas recordações. Frequentei aquela escola de 1957 a 1963. http://www.facebook.com/group.php?gid=106639596047891 Este é o link do grupo para quem quiser aderir. o meu email: carmina.mota@gmail.com
Belos os tempos que o senhor Moreirinhas chama de fascismo... Belos os tempos da trilogia Deus, Pátria e Família a que Salazar acrescentou Autoridade e Trabalho. Bem nos dava jeito, agora, a Autoridade e o Trabalho.
Saudades são pedacinhos de nós...que ficam pelo caminho...pelo caminho da vida. Bem os puxamos para os trazer de volta...em vão. Só a nostalgia e o pranto se chegam para nós...cada vez mais.
A minha vida passou a ser uma saudade permanente. Lembro-me de tudo e de tudo tenho saudades. Até da guerra em Angola onde sofri muito. Já dizia o nosso Camões: "É tão triste este meu presente estado, que o passado por alegre estou julgando...". Lembro-me com saudade dos filmes que vi, das canções que ouvi e que cantei (e continuo a cantar) especialmente dos anos sessenta. Mas é sobretudo a canção Always in my heart, do filme do mesmo nome, que eu mais gosto de cantar. Seja-me permitido deixar aqui um pequenino poema(3 quadras)onde procurei rimar algumas palavras desta canção em inglês, com palavras portuguesas:
You are always in my heart, Assim começa a canção, Vinda da sétima arte Para o nosso coração.
Even though you're far away, Diz a seguir o poema; Mais longe agora eu bem sei, Só resta o saudoso tema.
Qualquer que seja a idade, Vou cantá-lo em toda a parte, Pois uma coisa é verdade: You are always in my heart.
I'm winging my way back home...mas não consigo chegar...nem os sonhos já me dão essa alegria... Estás sempre em meu coração, Mesmo sempre longe de mim. Só me resta a solidão, Nesta vida até ao fim.
Muitas horinhas eu gastei sentado no muro da piscina municipal, pois no meu tempo não era permitido chegar mais perto, a olhar para essa porta, na hora da saída! O fascismo tinha destas coisas que hoje os jovens nem imaginam!!!
ResponderEliminarPor acaso contei esse pormenor aos meus filhos. embora mais tarde, mas ainda fui desse tempo.
ResponderEliminarUm beijinho
Estudei no Dona Maria e era com prazer que me deslocava até à Brotero atravessando aquela imensa praça que com meia dúzia de tostões (um punhado de árvores e alguns espaços verdes) se poderia ser transformada num espaço nobríssimo, uma vez possuir, já, um enquadramento invejável!!!. Decidiram, ao invés, urbanizá-la! Uma das maiores praças (perfeitamente consolidada!) existentes dentro de uma cidade portuguesa!!!! Façam o mesmo ao Terreiro do Paço!!!! Os nuestro hermanos devem ser ignorantes uma vez possuirem em todas as suas cidades uma "Plaza Maior", que para nada servem!!!! Decididamente, o futebol/trunfo eleitoral dos políticos e o provincianismo/desonestidade dos autarcas está a destruir este país!
ResponderEliminarImpossível esta imagem no tempo que frequentei o liceu!
ResponderEliminarMuito interessante este ângulo.
Romicas,
ResponderEliminarTambém eu frequentei o D.Maria...e hoje, como não senti a evolução(?) da cidade, quando chego a este lugar....nem acredito q atravessei todos os dias aquela praça enorme..vazia...com 4 ou 5 carros dos profs estacionados. A sério! Não sei onde estou!!! Seguramente este lugar não é o mesmo!Ponho-me a olhar para todos os lados, numa tentativa ansiosa de rever sítios e pormenores, que me escaparam e pairam agora perdidos, na memória...apenas! Sinto ainda todos os momentos que ali vivi, os cheiros, as imagens...os nomes dos colegas, as roupas...os tiques, as manias e os jeitos de cada professor...Lembro-me de passar toda a época dos Santos populares a estudar para a oral a Português, que tive que fazer no 7º ano (último ano em que ouve 7ºano, passou a ser 11ºano)e que do júri que estava a fazer-me esse exame constava a minha própria professora que, estava vaidosíssima com a minha prestação e realmente consegui a nota mais alta desse ano nas orais de Português...Apenas me demorei aí dois anos; o 6º e o 7º mas.... sei de cor todas as memórias!!!
Saúdo a todos aqueles que, como eu, por ali passaram e....gostaram!
Andava eu à procura, no google, de uma fotografia do Liceu Infanta Dona Maria, quando me deparei com este blog. Fiquei feliz porque encontrei alquem que, como eu, também frequentou aquela escola. Eu criei no Facebook um grupo de antigas alunas para podermos encontrar pessoas que já não vimos há muito tempo e podermos trocar as nossas recordações. Frequentei aquela escola de 1957 a 1963.
ResponderEliminarhttp://www.facebook.com/group.php?gid=106639596047891
Este é o link do grupo para quem quiser aderir.
o meu email: carmina.mota@gmail.com
Belos os tempos que o senhor Moreirinhas chama de fascismo...
ResponderEliminarBelos os tempos da trilogia Deus, Pátria e Família a que Salazar acrescentou Autoridade e Trabalho. Bem nos dava jeito, agora, a Autoridade e o Trabalho.
Saudades são pedacinhos de nós...que ficam pelo caminho...pelo caminho da vida. Bem os puxamos para os trazer de volta...em vão. Só a nostalgia e o pranto se chegam para nós...cada vez mais.
ResponderEliminarA minha vida passou a ser uma saudade permanente. Lembro-me de tudo e de tudo tenho saudades. Até da guerra em Angola onde sofri muito. Já dizia o nosso Camões: "É tão triste este meu presente estado, que o passado por alegre estou julgando...". Lembro-me com saudade dos filmes que vi, das canções que ouvi e que cantei (e continuo a cantar) especialmente dos anos sessenta. Mas é sobretudo a canção Always in my heart, do filme do mesmo nome, que eu mais gosto de cantar. Seja-me permitido deixar aqui um pequenino poema(3 quadras)onde procurei rimar algumas palavras desta canção em inglês, com palavras portuguesas:
ResponderEliminarYou are always in my heart,
Assim começa a canção,
Vinda da sétima arte
Para o nosso coração.
Even though you're far away,
Diz a seguir o poema;
Mais longe agora eu bem sei,
Só resta o saudoso tema.
Qualquer que seja a idade,
Vou cantá-lo em toda a parte,
Pois uma coisa é verdade:
You are always in my heart.
I'm winging my way back home...mas não consigo chegar...nem os sonhos já me dão essa alegria...
ResponderEliminarEstás sempre em meu coração,
Mesmo sempre longe de mim.
Só me resta a solidão,
Nesta vida até ao fim.